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4 Razões pelas Quais Homens Gostam de Pornografia

Um guia de conversas para parceiros de prestação de contas Uma das tarefas de um bom amigo ou de um parceiro de prestação de contas para com pessoas enraizadas na pornografia é ajudá-los a entender o seu próprio coração. Por que eles correm em direção a pornografia vez após vez? Salomão nos lembra que “Como águas profundas, são os propósitos do coração do homem” , “mas o homem de inteligência sabe descobri-los” (Provérbios 20.5). Um amigo sábio ajuda a extrair dos outros as motivações mais profundas que eles não são capazes de enxergar ou que eles não desejam enxergar. Como um parceiro de prestação de contas, é importante entender o fascínio da pornografia: Quais as motivações mais profundas que fazem com que homens retornem a ela vez após vez? Quais são boas perguntas para nos ajudar a encontrar a raiz do problema?

1. Pornografia é fácil, mas relacionamentos são difíceis. Relacionamentos, especialmente nossos relacionamentos mais próximos, envolvem trabalho. Todos os dias somos cobrados de cuidar do que tem acontecido na vida uns dos outros. Precisamos lidar com mau humor, comportamentos ofensivos e egoísmo—tanto em nós quando nos outros. De outro lado, a pornografia oferece aos homens um sentimento de intimidade sem riscos. A pornografia oferece aos homens um mundo de fantasias onde eles não precisam conhecer ninguém, onde o romance não é necessário, e onde eles não precisam se sacrificar em benefício dos outros. E para muitos a recompensa é grande: eles não somente podem evitar a confusão de relacionamentos reais, como podem sentir prazer com milhares de mulheres virtuais dispostas a fazerem o que eles desejarem. Boa pergunta para prestação de contas: Há ou houve algum relacionamento recente em sua vida que foi extraordinariamente difícil?

2. Pornografia é confortável, mas a vida é estressante. Na vida, as coisas dão errado. Expectativas são frustradas. Pessoas nos decepcionam. Tragédias acontecem. Ficamos doentes. Ficamos cansados. Entramos em grandes desentendimentos. A vida é estressante. A pornografia, de outro lado, oferece um mundo extremamente confortável onde nada dá errado. Ela oferece um cenário pronto onde sabemos que podemos conseguir exatamente o que queremos. Obviamente, sabemos que isso é mentira. É como luta livre ou reality shows. Como Chris Hedges diz em seu livro Império da Ilusão (Empire of Illusion), o sucesso dessas formas de entretenimento não está em nos fazer acreditar que essas histórias são reais. “Pelo contrário, elas são bem-sucedidas porque nós queremos ser enganados. Nós pagamos alegremente pela chance de fugir da realidade.” Boa pergunta para prestação de contas: Há ou houve algum estresse recente em sua vida que trouxe um sentimento de pressão ou tensão?

3. A pornografia é excitante, mas a vida é chata. A palavra “tédio” começou a ser usada por autores franceses quando eles escreviam sobre esse sentimento de descontentamento quando a vida se torna tediosa. Embora o sentimento de tédio sempre esteve presente, somente nos últimos 300 anos ele se tornou uma epidemia social. Blaise Pascal disse que tédio é a situação do homem moderno quanto “ele não tem distrações e não tem mais paixões ou passatempos”. Tédio é um dos frutos de uma cultura preguiçosa. Conforme a saúde e o tempo livre aumentaram, também aumentou nosso desejo por distrações. À medida em que começamos a esperar estímulos constantes e excitação, o dia a dia parece maçante. Com o Google na ponta dos dedos, a informação está em todo lugar, mas nós facilmente ficamos isolados, como espectadores anônimos, raramente assumindo riscos para se envolver de forma vulnerável ou nos comprometendo de forma apaixonada—raramente agindo com base naquilo que sabemos. Culturalmente somos culpados do que Dorothy Sayers chama de pecado de tolerância, “o pecado que não acredita em nada, que não se preocupa com nada, que não quer saber de nada, que não interfere em nada, que não gosta de nada, que não odeia nada, que não encontra propósito em nada, que vive para nada, e que permanece vivo porque não há nada pelo qual ele irá morrer”. A pornografia oferece um mundo de prazer sexual para as nossas mentes entediadas. Ela é uma forma altamente sexualizada da cultura em que vivemos, baseada na imagem, um mundo onde bilhões de imagens estão pintando milhares de palavras a uma velocidade surpreendente. A pornografia oferece a fantasia da estímulos sexuais puros. Boa pergunta para prestação de contas: Você se já se viu entediado ou inquieto em busca de excitação? Você sente que sua vida é mundana?

4. A pornografia faz o homem se sentir poderoso, mas a vida real faz com que eles se sintam fracos. É fácil sentir-se pequeno no mundo. Nós sabemos intuitivamente que o mundo não gira ao nosso redor, mas isso não nos faz deixar de desejar que isso aconteça. Queremos que outros prestem atenção em nós, que nos tratem como pessoas importantes, que nos coloquem em primeiro lugar. Este desejo pode ser tão forte que por vezes pensamos que temos o direito de exigir exatamente isso: queremos um pequeno canto do mundo onde somos reis. A pornografia oferece ao homem uma grande quantidade de poder. Na fantasia pornográfica de um homem, as mulheres nunca dizem não. Na pornografia não existem barreiras sociais entre o homem e a mulher dos seus sonhos. A pornografia vende a ideia de que mulheres bonitas são troféus—como peças de coleção que mostram ao mundo ao redor o que é um homem de verdade. A pornografia também sensualiza o domínio masculino, permitindo aos homens fantasiar um mundo onde as mulheres gostam de serem tratadas como objetos. Boa pergunta para prestação de contas: Você se lembra de alguma situação recente em que você se sentiu menosprezado, sem importância ou desrespeitado?

O objetivo bíblico das perguntas para prestação de contas A razão pelas quais os parceiros de prestação de contas devem fazer essas perguntas não é para “psicologizar” os pecados. Ao contrário, o objetivo de boas perguntas é usá-las como um trampolim para focar nossos pensamentos nos benefícios do evangelho de Cristo mais do que nos prazeres do pecado (Hebreus 11.24-26). Cada questão abre uma porta para vivermos Hebreus 10.24: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras”.

  1. Quando fazemos a pergunta “Há ou houve algum relacionamento recente em sua vida que foi extraordinariamente difícil?”, o objetivo é ajudar os outros a enxergarem como eles têm buscado relacionamentos como forma de obter prazer ou satisfação (e esse tipo de relacionamento sempre vai decepcioná-los). Podemos, então, apontá-los para a plenitude de alegria e satisfação que vem de Cristo (João 15.1–11; 16.16–24; Romanos 15.13).

  2. Quando fazemos a pergunta “Há ou houve algum estresse recente em sua vida que trouxe um sentimento de pressão ou tensão?”, o objetivo é ajudar os outros a enxergarem como eles tem usado a pornografia para fugir da vida. Podemos, então, apontá-los para o salmista que viu Deus como seu refúgio (Salmo 46; 59.16–17; 61.1–3; 62.5–8; 91; 142). Ao invés de escapar da realidade, podemos escapar para dentro da realidade divina.

  3. Quando fazemos a pergunta “Você se encontrou entediado ou inquieto em busca de excitação? Você sente que sua vida é mundana?”, o objetivo é ajudar os outros a enxergar se eles têm buscado uma vida de entretenimento ao invés de uma vida de admiração. Podemos, então, apontá-los para a alegria de conhecer a Deus e obedecê-lo (Mateus 13.44; 2 Coríntios 8.1–2; Filipenses 1.3–4; Colossenses 1.9–14; 1 Pedro 1.3–9; 3 João 1.3–4).

  4. Quando fazemos a pergunta “Você se lembra de alguma situação recente em que você se sentiu menosprezado, sem importância ou desrespeitado?”, o objetivo é ajudar os outros a enxergarem como eles buscam poder, reconhecimento e estima dos homens mais do que buscam pelo favor de Deus. Jesus perguntou: “Como podeis crer, vós os que aceitam glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único?” (João 5.44). Podemos, então, apontá-los para a glória eterna que o Pai concede a Cristo, e a realidade de que os cristãos compartilham da glória de Cristo porque ele vive em nós (João 17.20–24; Romanos 2.6–10; Colossenses 1.24–29). originalmente=">originalmente" publicado="publicado</a>" no="no" blog="blog" da="da" >Biblical=">Biblical" Counseling="Counseling" Coalition.="Coalition</a>." Traduzido="Traduzido" por="por" Gustavo="Gustavo" Santos="Santos" e="e" republicado="republicado" mediante="mediante" autorização.="autorização.">

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